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testes COVID-19: Quais as diferenças entre os exames para coronavírus

Exames diagnósticos para COVID-19 (Coronavírus)

Existem diferentes exames laboratoriais indicados para investigação da infecção pelo SARS-CoV-2 (novo coronavírus). Os exames abaixo estão disponíveis em nossos laboratórios, e o exame indicado para cada caso depende principalmente da fase da doença.

Para quem está com os sintomas

RT-PCR para SARS-CoV-2 em swab combinado de nasofaringe: é um teste molecular, ou seja, baseado na pesquisa do material genético do vírus (RNA) em amostras coletadas por swab da nasofaringe. É considerado o exame laboratorial padrão-ouro para diagnóstico da infecção. Ele pode ser encontrado nas versões convencional (prazo de realização de pelo menos 24h) e na versão POCT (point of care testing, com prazo de realização de poucas horas).

RT-LAMP para SARS-CoV-2: é outro teste molecular, ou seja, que pesquisa o RNA do vírus, mas este por amplificação isotérmica. A coleta também é realizada por swab de nasofaringe e sua sensibilidade é ligeiramente inferior ao RT-PCR de nasofaringe (variável entre 76-97%, sendo mais elevada nos dias iniciais dos sintomas). A principal vantagem é a rapidez do resultado, sendo o método atual de análise mais rápida.

Painel Quadriplex (SARS-CoV-2 + Influenza A + Influenza B + Vírus Sincicial Respiratório): Com a retirada das restrições, outros vírus respiratórios voltaram a circular. Este painel é uma excelente alternativa para este momento pois por uma coleta única de swab de nasofaringe, permite detectar 4 dos vírus mais relacionados a síndromes gripais e que apresentam sobreposição de sintomas, e que também podem apresentar gravidade principalmente em alguns grupos de maior risco como idosos, crianças pequenas e gestantes.

Painel respiratório molecular: A depender do laboratório da Dasa ou hospital, está disponível um painel molecular amplo para diagnóstico de cerca de 20 patógenos respiratórios, entre vírus e bactérias, que podem se apresentar com sintomas respiratórios semelhantes – como por exemplo rinovírus, parainfluenza e outros coronavírus endêmicos, além dos vírus do painel acima. Este teste pode ser utilizado quando identificar o vírus causador da infecção interfira nas decisões médicas relacionadas ao paciente, como por exemplo pacientes imunodeprimidos e em especial transplantados, que requerem atenção diferenciada.

Pesquisa do Antígeno de SARS-CoV-2: é um teste imunológico baseado no reconhecimento do antígeno (uma parte da estrutura do vírus) em amostras coletadas por swab de nasofaringe. Sua principal vantagem é apresentar resultados rapidamente, por um custo mais baixo. Sua sensibilidade é inferior ao RT-PCR de nasofaringe com sensibilidade geral variando entre 74-85%. Se utilizada na primeira semana de sintomas (idealmente primeiros dias), a sensibilidade alcança 90%, comparada ao RT-PCR de nasofaringe.

Para quem já apresentou sintomas há mais de 21 dias ou julga que pode ter tido contato com o vírus há mais de 21 dias

Sorologias

São ensaios imunológicos, realizados em amostras de sangue, que pesquisam a presença de anticorpos produzidos contra o vírus. Em geral, os anticorpos iniciam sua produção a partir do 7º dia de doença e tornam-se detectáveis, na maioria dos indivíduos, a partir do 21º dia de doença. Portanto, é indicado para diagnosticar DOENÇA PRÉVIA ou saber se HOUVE CONTATO PRÉVIO com o vírus. Um resultado negativo não exclui a possibilidade de doença. Existem diversas modalidades de sorologias disponíveis atualmente. Entenda melhor sobre elas na tabela abaixo.

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Quadro de Sorologias

Como funcionam os testes de anticorpos (sorologias) para COVID-19 e para que servem?

As sorologias para COVID-19 são testes que detectam no sangue do indivíduo a presença de anticorpos da classe IgM, IgA ou IgG contra proteínas do vírus SARS-CoV-2. A presença de anticorpos não significa proteção contra infecção ou doença, apenas evidência de exposição ao SARS-CoV-2 por infecção natural ou pós-vacina, ou ainda exposição a outros coronavírus.

O que são anticorpos neutralizantes?

Anticorpos neutralizantes são anticorpos que inibem a ação do vírus por impedirem a sua entrada no organismo, evitando, assim, a replicação viral e o adoecimento.

A sorologia de anticorpos neutralizantes verifica a presença de anticorpos com capacidade de neutralização do SARS-CoV-2. Esta sorologia é desenhada para detectar anticorpos com capacidade de bloquear a ligação do vírus no receptor da célula humana, portanto impedindo sua entrada na célula.

A produção desse tipo de anticorpos pode ocorrer após infecção natural pelo SARS-CoV-2 ou após a vacinação contra COVID-19.

Qual é a diferença entre os anticorpos neutralizantes e outros testes sorológicos (tipo IgM/IgG ou anticorpos totais)?

A produção de anticorpos ocorre como resposta à presença de algum agente agressor, como um vírus. Diversos componentes virais podem estimular a resposta imunológica, levando ao desenvolvimento de anticorpos. A simples detecção de um tipo de anticorpo não significa afirmar sua funcionalidade, ou seja, sua capacidade de neutralização do agente viral.

As sorologias inicialmente disponíveis detectam a presença de anticorpos contra diversos componentes do vírus, mas não verificam a sua capacidade de neutralização viral – eles são conhecidos como anticorpos de ligação. Essa é a diferença essencial entre os anticorpos de ligação e os anticorpos neutralizantes.

O teste de IgG, apesar de ser um anticorpo de ligação, utiliza como alvo anticorpos anti-RBD, e por ser específico para esta porção do vírus que se liga à célula humana, tem a boa correlação com os anticorpos neutralizantes.

Como é o resultado do teste de anticorpos neutralizantes?

O resultado é expresso em unidades internacionais – ou seja, todos os laboratórios do mundo podem utilizar a mesma unidade de medida, sendo os resultados passíveis de seguimento e comparação com a literatura médica referente a eficácia das vacinas.

Resultados abaixo de 26,8UI/mL são considerados negativos, entre 26,8-163UI/mL são considerados reagentes, e maiores que 163UI/mL são considerados reagentes altos.

Devo realizar essa sorologia de anticorpos neutralizantes depois de tomar vacina contra o coronavírus? Quanto tempo depois?

No momento, não existe a indicação de fazer nenhum tipo de sorologia depois da vacinação. Os argumentos que embasam essa resposta são:

  • Vários estudos conseguem correlacionar os níveis de anticorpos neutralizantes com a eficácia clínica das vacinas em nível populacional, mas ainda não há um correlato de proteção individual determinado. O que significa que para o indivíduo, ainda não é possível utilizar este resultado para garantir a proteção contra contaminação ou desenvolvimento de formas graves da doença.
  • Por outro lado, se o resultado vier negativo, também não significa necessariamente que o indivíduo não desenvolveu imunidade, pois sabemos que existem outros mecanismos de defesa além da produção de anticorpos, como a imunidade celular, e este resultado não determina nenhuma conduta específica, como repetição da vacinação.

Esse conhecimento é bastante dinâmico e está sendo construído com as diversas pesquisas em curso. Haverá, certamente, contínuas atualizações ao tema.

Acima de que nível posso me considerar protegido?

Apesar da sorologia de anticorpos neutralizantes ter resultados muito mais correlacionados com o ensaio de neutralização em placa (ensaio padrão ouro para determinar a capacidade de neutralizar o vírus), não existe um resultado acima do qual a proteção esteja garantida. Estudos sobre eficácia de vacinas, demonstram maior percentual de proteção quando os anticorpos neutralizantes estão presentes acima de 163UI/mL. Entretanto, para o indivíduo não necessariamente isso garante a proteção. Há de se levar em consideração que as mutações do vírus originado variantes também impactam na eficiência de neutralização dos anticorpos.

Portanto, mesmo com resultado positivo, devem ser seguidas todas as orientações dos órgãos de saúde sobre distanciamento social, uso de máscaras e higienização das mãos, enquanto surgem novas evidências e recomendações.

Como avaliar os testes de anticorpos disponíveis na Dasa pós-vacina?

As diferentes vacinas disponíveis hoje no Brasil tem composições distintas e por isso induzem a produção de anticorpos direcionados contra diferentes partes do vírus.

Dessa forma, quando a intenção é avaliar a produção de anticorpos pós-vacina, mesmo levando-se em consideração todas as limitações da interpretação desses resultados, é importante observar o tipo de teste de anticorpos (sorologia) que pode ser solicitado para avaliar cada vacina.

Assim temos:

Vacina Coronavac /Butantan

vacina de vírus inativado. Como se trata de vírus inteiro, pode estimular a produção de anticorpos direcionados tanto a proteínas Spike como do Nucleocapsídeo do vírus, podendo ser identificados pelos seguintes testes sorológicos disponíveis no momento:

  • Dosagem de anticorpos IgG
  • Dosagem de anticorpos neutralizantes
  • Estudos de imunogenicidade pós-CoronaVac mostram que a produção de anticorpos anti-N é inferior quando comparado a produção de anticorpos anti-RBD.

Vacina Oxford/Fiocruz e Pfizer

São baseadas na informação genética da proteína Spike do vírus, estimulando a produção de anticorpos que podem ser detectados por meio dos seguintes testes:

  • Dosagem de anticorpos IgG
  • Dosagem de anticorpos neutralizantes

Tabela Auxiliar para Interpretação dos Resultados

  • Testes de detecção de vírus: RT-PCR ou Antígeno ou RT-LAMP
  • Testes de detecção de anticorpos: Sorologia IgG ou Anticorpos totais ou anticorpos neutralizantes
  • INTERPRETAÇÃO
  • Positivo
  • Qualquer resultado
  • Considerar a priori como infecção atual. Em casos com confirmação diagnóstica anterior, o médico deverá ser consultado para correlação entre data de início dos sintomas e avaliação de outras hipóteses diagnósticas.
  • Negativo
  • Negativo ou não realizado
  • Não há evidência de infecção atual. Não dispensa a necessidade de seguir as recomendações de proteção vigentes. Em caso de persistência da suspeita de infecção, pode ser necessária a repetição do teste, dependendo do contexto clínico-epidemiológico.
  • Negativo
  • Positivo
  • Há evidência de infecção provavelmente pregressa. Não dispensa a necessidade de seguir as recomendações de proteção vigentes. Em caso de sintomas de início recente, não pode ser descartada infecção atual.
  • Não realizado
  • Negativo
  • Não há evidência de produção de anticorpos (seja por infecção prévia ou por vacinação). Os anticorpos são detectados com maior frequência após 21 dias do início dos sintomas ou após pelo menos 2 semanas de esquema vacinal completo. O teste de sorologia não é adequado para avaliar infecção atual – na suspeita, deve ser realizado um teste de detecção de vírus.
  • Não realizado
  • Positivo
  • Há evidência de infecção provavelmente pregressa ou vacinação. Não dispensa a necessidade de seguir as recomendações de proteção vigentes. O teste de sorologia não é adequado para avaliar infecção atual – na suspeita, deve ser realizado um deste de detecção de vírus.
1) A interpretação sugerida é baseada nos valores positivos e negativos verdadeiros dos testes diagnósticos de COVID-19.As possibilidades de resultados falso-negativos de sorologia e RT-PCR, e de resultados falso-positivos de sorologia devem ser consideradas no contexto de cada indivíduo.2) De acordo com história clínica e epidemiológica, considerar possibilidade de resultado falso-positivo de sorologia ou falso-negativo de RT-PCR. A detecção isolada de anticorpos das classes IgA e IgM pode representar um resultado falso positivo por reação cruzada com outros anticorpos produzidos por outras infecções, pelo uso prévio de vacinas, ou pela coexistência de outras condições clínicas.A sensibilidade do teste de RT-PCR em swab de oronasofaringe é de 60 a 70%.
  • Testes de detecção de vírus: RT-PCR ou Antígeno ou RT-LAMP
  • Positivo
  • Testes de detecção de anticorpos: Sorologia IgG ou Anticorpos totais ou anticorpos neutralizantes
  • Qualquer resultado
  • Interpretação de resultados
    • Considerar a priori como infecção atual. Em casos com confirmação diagnóstica anterior, o médico deverá ser consultado para correlação entre data de início dos sintomas e avaliação de outras hipóteses diagnósticas.
  • Testes de detecção de vírus: RT-PCR ou Antígeno ou RT-LAMP
  • Negativo
  • Testes de detecção de anticorpos: Sorologia IgG ou Anticorpos totais ou anticorpos neutralizantes
  • Negativo ou não realizado
  • Interpretação de resultados
    • Não há evidência de infecção atual. Não dispensa a necessidade de seguir as recomendações de proteção vigentes. Em caso de persistência da suspeita de infecção, pode ser necessária a repetição do teste, dependendo do contexto clínico-epidemiológico.
  • Testes de detecção de vírus: RT-PCR ou Antígeno ou RT-LAMP
  • Negativo
  • Testes de detecção de anticorpos: Sorologia IgG ou Anticorpos totais ou anticorpos neutralizantes
  • Positivo
  • Interpretação de resultados
    • Há evidência de infecção provavelmente pregressa. Não dispensa a necessidade de seguir as recomendações de proteção vigentes. Em caso de sintomas de início recente, não pode ser descartada infecção atual.
  • Testes de detecção de vírus: RT-PCR ou Antígeno ou RT-LAMP
  • Não realizado
  • Testes de detecção de anticorpos: Sorologia IgG ou Anticorpos totais ou anticorpos neutralizantes
  • Negativo
  • Interpretação de resultados
    • Não há evidência de produção de anticorpos (seja por infecção prévia ou por vacinação). Os anticorpos são detectados com maior frequência após 21 dias do início dos sintomas ou após pelo menos 2 semanas de esquema vacinal completo. O teste de sorologia não é adequado para avaliar infecção atual – na suspeita, deve ser realizado um teste de detecção de vírus.
  • Testes de detecção de vírus: RT-PCR ou Antígeno ou RT-LAMP
  • Não realizado
  • Testes de detecção de anticorpos: Sorologia IgG ou Anticorpos totais ou anticorpos neutralizantes
  • Positivo
  • Interpretação de resultados
    • Há evidência de infecção provavelmente pregressa ou vacinação. Não dispensa a necessidade de seguir as recomendações de proteção vigentes. O teste de sorologia não é adequado para avaliar infecção atual – na suspeita, deve ser realizado um deste de detecção de vírus.

Antes de oferecer um exame diagnóstico aos pacientes, a Dasa realiza extenso processo de validação técnica planejada pela área de qualidade integrada em conjunto com o time médico para avaliar a capacidade do teste na identificação dos infectados e não infectados. Os testes são realizados a partir de protocolos de validação recomendados internacionalmente e verificam em amostras clínicas, o desempenho do exame de acordo com a fase da doença.

Cobertura dos exames pela Saúde Suplementar

A cobertura é obrigatória quando o paciente se enquadrar na definição de caso suspeito ou provável de doença pelo Coronavírus 2019 (COVID-19) definido pelo Ministério da Saúde. (https://www.ans.gov.br/aans/noticias-ans/coronavirus-covid-19/coronavirus-todas-as-noticias/5405-ans-inclui-exame-para-deteccao-de-coronavirus-no-rol-de-procedimentos-obrigatorios).

Os testes de sorologia Anticorpos Totais para COVID-19 OU IgG para COVID-19 serão autorizados, mediante solicitação do médico assistente, quando preenchido um dos critérios do Grupo I e nenhum dos critérios do Grupo II destacados a seguir.

Grupo I (critérios de inclusão):

  • a) Pacientes com Síndrome Gripal (SG) ou Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) a partir do oitavo dia do início dos sintomas
  • b) Crianças ou adolescentes com quadro suspeito de Síndrome Multissistêmica Inflamatória pós-infecção pelo Sars-Cov2

Grupo II (critérios de exclusão):

  • a) RT-PCR (exame feito com a coleta de amostras com cotonetes) prévio positivo para Sars-Cov-2
  • b) Pacientes que já tenham realizado o teste sorológico, com resultado positivo
  • c) Pacientes que tenham realizado o teste sorológico, com resultado negativo, há menos de 1 semana (exceto para os pacientes que se enquadrem no item b do Grupo I)
  • d) Testes rápidos
  • e) Pacientes cuja prescrição tem finalidade de rastreamento, retorno ao trabalho, pré-operatório, controle de cura ou contato próximo/domiciliar com caso confirmado
  • f) Verificação de imunidade pós-vacinal

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